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BLOG DO MÁRIO

Neste blog eu posto de tudo um pouco, prezando sempre por assuntos que despertam interesse do leitor, evitando assuntos polêmicos como política, religião e futebol. Boa leitura! Eu sei que você vai curtir.

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06
Nov08

Causos: Sob neblina torrencial

Mário Sérgio Figueredo

Lá pelas 22 horas de uma sexta-feira qualquer, estávamos indo para a Estrada da Graciosa, onde acamparíamos às margens do Rio Nhundiaquara. Seguíamos tranquilamente com uma noite clara pela BR-116, na época da sua duplicação, quando do nada apareceu uma neblina muito forte.

Para o pessoal do nordeste, que nunca viu e nem imagina o que seja neblina, ela é como se fosse  uma nuvem carregada que desce até o nível do solo, mantendo gotículas de água em suspensão. Imagine atravessar a fumaça de uma queimada só que essa fumaça é bastante úmida, pior, é fria e molhada como se fosse a própria chuva e entra em todo e qualquer espaço da roupa e, principalmente, gruda na viseira sem escorrer.


Neblina branda e diurna. Imagine ela à noite.

 

Percorridos alguns quilômetros, eu estava naquela de não enxergar nada, com a viseira do capacete totalmente coberta de gotículas d'água e mesmo passando a luva pra tirar o excesso e criar um lugar onde os faróis dos carros em sentido contrário permitissem ver a estrada, a visibilidade era praticamente zero.

De nada adiantou a tentativa de limpá-la, a neblina era muito densa e molhava mais do que eu conseguia limpar e então resolvi abrir a viseira. Foi pior ainda, pois as lentes dos meus óculos também logo ficaram molhadas e opacas. Daí o jeito foi parar porque mal dava pra ver as faixas de sinalização no asfalto bem na frente do meu nariz.

Essa parada é que foi o drama. Ao lado da pista que a gente estava andando ei vi o "borrão" de uma faixa mais escura, que parecia ser o acostamento e foi nessa faixa que eu resolvi parar.

Que susto. O desnível entre o asfalto e aquilo que eu achava que era o acostamento dava mais de meio metro. Foi um salto e tanto, mas como a parte lá em baixo estava lisa e compactada, consegui manter o controle da moto, mesmo levando uma garota na garupa. Minha sorte que era uma DT-180 e a sua suspensão trail absorveu bem o forte impacto, primeiro na suspensão dianteira e depois na trazeira. Se eu estivesse com uma street, certamente teria me esborrachado no maior chão, com consequências imprevisíveis.

Depois de parar, refeito do susto, as pernas pararam de tremer, limpei os óculos e a viseira e voltei pra estrada mas tive que andar quase um quilômetro até achar um ponto onde o "acostamento" e a estrada estivessem quase no mesmo nível e permitissem a passagem.

Não foi fácil chegar ao nosso destino, que seria pertinho se estivéssemos numa noite limpa, mas com aquela neblina demoramos mais de uma hora pra percorrer míseros 30 quilômetros. Motociclista que usa óculos sofre em dias de frio, neblina, chuva ou aqueles com calor abafante que embaça tudo.

Mas o esforço valeu a pena porque acampar com os amigos é muito bom. Fizemos uma fogueira e assamos milho e pinhão (pinhão é a semente da araucária, pinheiro do sul), fizemos café à moda tropeira que tomamos com sanduiches previamente preparados e, principalmente, ficamos contando histórias das muitas proezas vividas pelos integrantesa turma, até de madrugada.

O que mais aprontávamos naqueles acampamentos motociclísticos, não posso escrever, porque este blog não é o fórum adequado para esse tipo de relato, o que ensejaria a censura do texto.

 

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